8 de março: em defesa da justiça social e da igualdade de gênero

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A luta em defesa dos direitos das mulheres vem conquistando importantes avanços ao longo da história. No entanto, apesar do reconhecimento cada vez maior do papel da mulher na sociedade, na política e no contexto econômico do País, ainda estamos distantes da sonhada equidade de gênero. Se compararmos com outros países do mundo, o Brasil situa-se no 81º lugar no ranking de desigualdade entre homens e mulheres (numa lista de 134 nações). Estamos abaixo de outros países latino-americanos, como a Argentina (24º lugar) e o Peru (44º lugar).
O Brasil ocupa ainda uma das últimas posições no ranking da União Interparlamentar, tendo aproximadamente 10% de presença feminina na Câmara dos Deputados e no Senado. O percentual é muito baixo, também, nas Assembléias Legislativas e nas Câmaras Municipais, entre 11% e 12%.
Além da subrepresentação feminina nos espaços de poder, as mulheres são vítimas a violência doméstica e enfrentam dificuldades no acesso à saúde e ao mercado de trabalho, mesmo possuindo um maior nível de escolaridade que os homens. Dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) levantados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que, hoje, o ganho médio mensal das trabalhadoras equivale a 67,1% do rendimento dos homens.
A eleição de Dilma para a presidência da república representa um importante marco na luta em defesa dos direitos das mulheres. Um fato que abre novas possibilidades de conquistas para os movimentos sociais que buscam um modelo de sociedade igualitário e justo. Os movimentos sindicais têm papel importante nessa luta, ao buscar ampliar a participação feminina no trabalho e na política.
Assim, o Sindiagua e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil no Ceará (CTB-CE) reafirmam o compromisso de se somar às lutas contra a desigualdade e o preconceito e a favor uma sociedade justa e igualitária. Parabéns a todas as mulheres trabalhadoras!
Sobre o 8 de março
O Dia Internacional da Mulher foi instituído oficialmente em 1975, na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). A data escolhida – 8 de março – lembra a morte trágica num incêndio nos Estados Unidos, em 1857, de 129 operárias de uma fábrica têxtil, que reivindicavam melhores condições de trabalho.