CAMPANHA SALARIAL: Reunião de negociação é realizada com o presidente da Cagece

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Em reunião longa realizada na tarde de quarta (11), a direção do Sindiagua debateu com o presidente da Cagece, Neuri Freitas, vários itens da pauta de reivindicações da categoria. Foi a terceira rodada de negociação da campanha salarial. A reunião se estendeu pela noite após longo debate. Confira um resumo das principais reivindicações discutidas:

REAJUSTE SALARIAL
– O reajuste salarial foi um dos pontos que demandou maior tempo de discussão na reunião com o presidente da Companhia. A Cagece havia apresentado inicialmente uma proposta de reajuste de 1%, índice abaixo da inflação. A direção do Sindicato questionou a posição da empresa, ressaltando a inviabilidade de levar para a categoria uma proposta de achatamento de salário, ainda mais num momento de pandemia. A insistência do Sindicato em rejeitar a proposta inicial fez com que o presidente se reunisse numa sala separada com a direção da empresa para debater uma nova proposta. Ao final, o presidente apresentou uma proposta de reajuste de 2,46%, que corresponde ao INPC.

QUILOMETRAGEM – O reajuste pelo INPC (2,46%) também foi proposto para a cláusula da quilometragem, após o Sindicato questionar a defasagem dos cálculos feitos pela empresa para o benefício. Inicialmente a Cagece havia recusado dar qualquer reajuste nesse item.

PLANO DE SAÚDE – Em relação ao plano de saúde, benefício que sempre sofre ameaças de retrocesso, a direção do Sindiagua buscou obter avanços na conversa com o Presidente da Cagece. Neuri concordou em aumentar de dois para três anos o custeio do plano para:
– Empregados que pediram demissão após concessão de aposentadoria pelo INSS
– Dependentes dos titulares falecidos.
Diferente do que foi divulgado aos empregados, esses avanços, caso a proposta de acordo seja aprovada pela categoria, foram as únicas mudanças no plano de saúde.

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE – Outro ponto bastante discutido foi o adicional de periculosidade. O Sindiagua questionou a retirada do benefício para alguns trabalhadores(as) durante a pandemia. O presidente da Cagece informou que a GEPES concluirá até o final de novembro um estudo sobre o benefício para solucionar todas as pendências e que esse estudo será entregue à presidência da empresa em dezembro. O Sindiagua ressaltou que, caso a proposta de acordo seja aprovada pela base, tomará providências cabíveis em caso de a Cagece não cumprir o prazo e solucionar todas as pendências. O presidente do Sindicato, Jadson Sarto, aproveitou o momento para mencionar o trágico acidente de trabalho recente que resultou na morte de um trabalhador terceirizado em Juazeiro do Norte. Foi cobrado uma avaliação dos protocolos de segurança da empresa e ressaltado a necessidade de uso de EPI a todo trabalhador exposto a situações de risco. O presidente da Cagece informou que as medidas são tomadas para não expor o trabalhador a qualquer risco. Sobre o acidente, a direção do Sindiagua chegou entrar em contato com Seaconce, que representa os trabalhadores terceirizados, para prestar solidariedade e se colocou à disposição para ajudar.

JORNADA DE TRABALHO – A direção da entidade cobrou uma desburocratização do processo de solicitação da redução da jornada, item bastante demandado pela categoria. O presidente da Cagece concordou em reduzir etapas para que a solicitação possa ser atendida com mais rapidez, quando for aprovada.

SELEÇÃO INTERNA – Em relação à seleção interna, a Cagece atualizará no prazo de 30 dias a norma vigente, garantindo que o trabalhador(a) só passará pelo processo seletivo após a autorização prévia de seu gerente, o que assegurará que ele assumirá a nova função caso seja aprovado na seleção.

PRSP – Sobre o PRSP, o presidente garantiu que será lançado um novo plano no próximo ano.

DIÁRIAS – O Sindicato cobrou solução sobre a defasagem das diárias. O presidente da Companhia reconheceu que o valor das diárias é baixo, mas disse que a solução desse problema está fora de seu alcance, já que um reajuste depende de uma definição do Governo do Estado sobre a questão. Neuri se comprometeu em atualizar o estudo sobre o valor do ressarcimento e levar ao Governo para obter uma resposta até julho do ano que vem.

PCR – O presidente da empresa alegou que a pandemia atrasou a conclusão do estudo do novo Plano de Cargos e Remuneração, o que deve acontecer em abril próximo. Ele se comprometeu em implantar o PCR até setembro, após debatê-lo com o Sindicato.

SOBRE O PAGAMENTO DAS DIFERENÇAS
O Sindiagua cobrou da Cagece celeridade no pagamento da diferença retroativa a maio, caso a proposta da Cagece seja aprovada pela categoria em assembleia. A Companhia informou que a GEPES trabalhará para realizar o pagamento da diferença até o dia 15/12. Se acontecer da GEPES não conseguir processar toda a folha salarial até o dia 15/12, o que faltar será pago no máximo até o dia 30/12. Os pagamentos da diferenças retroativas incluem o reajuste salarial e os benefícios vale-alimentação, vale-lanche, auxílio-creche/escola, auxílio filho portador de necessidades especiais, quilometragem e todos os benefícios que têm o salário base como referência.

Em breve o Sindicato divulgará a data e as informações de como se dará a assembleia geral que vai avaliar a proposta.

CONFIRA UM RESUMO DA PROPOSTA DE ACT DA CAGECE: