Na segunda rodada de negociação da campanha salarial 2018, realizada no dia 28/05, a comissão da Cagece concluiu a apresentação da proposta de acordo coletivo. Foram debatidas as 22 cláusulas da pauta de reivindicações que faltavam. Confira as principais propostas apresentadas pela Companhia:
- Foi proposto o INPC (1,69%) para o reajuste salarial, vale-alimentação e auxílio-creche. A Companhia alegou que o ano eleitoral limita um reajuste maior. A direção do Sindiagua rejeitou as propostas de reajustes.
- Em relação à cláusula Incentivo Educacional, a Cagece propôs aumentar em 50% o percentual do benefício para cada titulação.
- Sobre o Plano de Cargos e Remuneração (PCR), a empresa alegou impossibilidade de implantação em 2018, mas propôs atender parcialmente algumas reivindicações. São elas:
- 1) Garantir excepcionalmente e exclusivamente aos empregados atualmente no cargo de Técnico Administrativo Operacional – Nível II/faixa 10, ao chegarem no final de carreira do referido nível (10L) que, ao invés de iniciarem a carreira do nível III na faixa 12D, iniciarão a carreira do nível III na faixa 12E. Essa cláusula visa beneficiar os empregados que já atingiram as condições previstas e os que venham a atingir. Logo, os empregados que já estão na faixa 12D seriam automaticamente reenquadrados na faixa 12E;
- 2) Reclassificar as carreiras do cargo Técnico Administrativo Operacional (especificamente das funções de Técnico de Segurança do Trabalho, Técnico Contábil, Técnico de Enfermagem, Técnico em Engenharia e Técnico em Avaliação de Imóveis), equiparando-os às funções de carreiras 09, 10 e 12, excetuando as funções em extinção;
- 3) Manter a atual progressão por tempo (vigente no Acordo Coletivo) para os empregados contratados do último concurso público.
“Sobre o PCR, obtivemos uma proposta que atende parcialmente a demanda da categoria. Mas é preciso que a Cagece saia da sua incoerência: ela reconhece necessidade de um novo Plano, mas não coloca em prática esse entendimento que poderia resolver várias injustiças praticadas contra o trabalhador” cobra Jadson.
Sobre o projeto de privatização da água disfarçada de PPP, a empresa se negou acatar a reivindicação do Sindicato e da categoria de incluir no Acordo Coletivo a proibição de toda forma de privatização. O Sindiagua reforçou sua posição contrária e manteve a reivindicação.
Em alguns pontos discutidos, o Sindiagua solicitou detalhamento de informações para fazer uma avaliação mais aprofundada, como por exemplo a PR (Participação nos Resultados) e a Gratificação por Condução de Veículos. No primeiro item, a CAGECE apresentou uma proposta de metas para a PR deste ano. Já no segundo item, a Cagece apresentou sua fórmula de cálculo do benefício. Ambas as cláusulas ficaram pendentes para serem estudadas pelo Sindiagua após a entidade receber da Cagece informações complementares.
“Em muitos momentos percebemos que há uma certa intransigência da empresa nas negociações e entendemos que a categoria precisa ser valorizada’’, ressalta Jadson.
Próximo passo
A direção do Sindiagua está dando continuidade à campanha salarial 2018. Para isso a entidade já protocolou ofício, solicitando uma nova rodada de negociação, com a direção da Cagece.
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