O Sindiagua recebeu em sua sede, nessa segunda (24/06), uma reunião da SSB (Sindicalismo Socialista Brasileiro), braço sindical do PSB, com deputados federais da legenda. O objetivo foi discutir a conjuntura política nacional e as demandas do movimento sindical. O presidente do Sindiagua, Jadson Sarto, aproveitou a oportunidade para cobrar dos parlamentares apoio na luta contra o Projeto de Lei (PL 3261/2019) do senador Tasso Jereissati e contra o projeto de PPP que está sendo desenvolvido pelo Governo do Estado. Ambas iniciativas pretendem entregar o setor de saneamento à iniciativa privada.
Os deputados federais Denis Bezerra (PSB – Ceará), Vilson (PSB – Minas Gerais) e Aliel Machado (PSB – Paraná), além do presidente do PSB-CE, Odorico Monteiro, da secretária adjunta nacional da CTB, Kátia Gaivoto, e de representantes de sindicatos, participaram do encontro e manifestaram apoio à luta do Sindiagua. “Tenho certeza que os deputados do PSB vão respeitar a história do partido e votar contra o PL da privatização”, ressaltou Denis. O parlamentar afirmou ainda que estará alerta também à ameaça de PPP no Estado e que vai procurar tratar o assunto com o Governo do Estado. A posição contrária à privatização também foi enfatizada pelo deputado Wilson: “Sou contra todo tipo de privatização, sou contra vender o patrimônio do País e do povo”. Wilson lembrou ainda que em Minas Gerais as PPPs das rodovias só serviu para pra fazer posto de pedágio.
Ariel ressaltou a importância da mobilização da sociedade: “O povo precisa ter o entendimento de que se não houver luta vamos continuar sofrendo as consequências do atraso e dos retrocessos do País”. O alerta também foi reforçado por Kátia junto aos sindicalistas presentes: “É preciso organizar e fortalecer cada vez mais o movimento sindical, reconhecendo as categorias no campo e na cidade”.
Odorico enfatizou que “a questão da privatização faz parte de uma agenda conservadora de colocar o bem público a favor dos interesses privados. Parabenizo o sindicato que não tem arredado pé dessa luta”.
Todos os presentes criticaram o governo Bolsonaro. Para Odorico, o País vive três crises: uma crise política profunda, uma crise institucional (comprovada pelas revelações feita pelo site Intercept das conversas entre o então juiz Sergio Moro e os procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato) e uma crise econômica que gera uma legião de 14 milhões de desempregados. Segundo ele, o atual governo promove “uma agenda reacionária, deslocada do século XXI”, que precisa ser enfrentada, estando ao lado do povo.
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