Junto com a notícia de que 18 estados estariam interessados em aderir ao programa de desestatização do saneamento patrocinado pelo Governo Temer (PMDB) e o BNDES, foi divulgada a notícia de que as tarifas dos aeroportos irão dobrar após a privatização (incluindo o Aeroporto Pinto Martins, de Fortaleza/CE). É apenas uma prova cabal de que as privatizações resultam em aumentos exorbitantes dos serviços prestados à população. No final das contas, quem paga o preço da privatização é a população.
Vale lembrar que o aumento das tarifas é apenas um dos principais pontos que tem levado 180 cidades de 35 países a retomarem o serviço de saneamento das mãos da iniciativa privada, entre elas Paris, Berlim e Buenos Aires. Na capital francesa, as tarifas aumentaram 265% entre 1985 e 2009 com a privatização da água. Em Buenos Aires, o aumento foi de 280% de 1993 a 2000.
Um estudo, elaborado pela Unidade Internacional de Pesquisa de Serviços Públicos (PSIRU), Instituto Transnacional (TNI) e Observatório Multinacional, aponta que, além do aumento das tarifas, as privatizações do saneamento no mundo causaram inúmeros outros problemas graves, entre eles: demissões em massa de trabalhadores, falhas das empresas em atingir metas de universalização, queda da qualidade da água e do atendimento à população, falta de investimentos em infraestrutura, danos ambientais, falta de transparência da gestão privada e dificuldade de monitoramento do serviço pelo setor público.
“Experiências em todo o mundo mostram claramente que entregar o saneamento à iniciativa privada é um mau negócio. É preciso combater a sanha privatista deste Governo que tem implementado uma agenda neoliberal, que não foi eleita em 2014 pela população”, reforça Jadson Sarto, presidente do Sindiagua.
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