Realizada segunda reunião de negociação da campanha salarial dos trabalhadores da Cogerh

43

A segunda reunião de negociação da campanha salarial dos trabalhadores da Cogerh foi realizada na última terça (09/08). Desta vez, foram discutidas algumas cláusulas sociais que estão na pauta dos trabalhadores, além do concurso público, uma das principais reivindicações da categoria, que segue sem nenhuma definição (ver texto mais abaixo).
Em relação ao plano aposentadoria, a direção da companhia afirmou ter interesse na adesão dos empregados à Cageprev e afirmou que levaria a proposta para discutir com a Cagece em reunião ainda a ser marcada. O presidente da Cogerh, Francisco José Teixeira, disse que a empresa vai fazer uma análise jurídica e financeira da possibilidade de adesão ou de contratação de um plano de aposentadoria. Para isso, seria criada uma comissão até 30 dias após o fechamento do acordo coletivo.
Em relação ao auxílio-creche, a Cogerh apresentou uma proposta de aumento para R$330,00. Sobre o auxílio-moradia, a companhia concordou com a implantação da nova cláusula, no entanto vai estudar a questão com a assessoria jurídica. A companhia negou a reivindicação relativa à gratificação por titularidade e, em relação à cláusula que trata da capacitação dos empregados, a empresa propôs a criação de um plano de capacitação anual com a participação dos trabalhadores.
Um ponto também discutido na reunião foi a cláusula relativa às funções de confiança. Atualmente, empregados de fora indicados para cargos comissionados de gerentes recebem mais se comparado aos funcionários próprios que exercem o mesmo cargo. “Essa situação não pode perpetuar, pois é um grave desrespeito ao servidor”, alertou Jadson, presidente do Sindiagua. A companhia propôs  realizar uma revisão do estatuto da empresa para submeter ao Governo do Estado.
Além de Jadson Sarto, participaram da reunião representando o Sindiagua Antonio de Oliveira e o advogado Carlos Águila.

Descaso do governo: concurso público sem definição
A Cogerh não apresentou nenhuma proposta relacionada ao concurso público, na última rodada de negociação da campanha salarial de 2011, realizada no dia 9 de agosto. Apenas ficou de marcar uma audiência com o governador para tratar do assunto. “É inconcebível que, ano após ano, o governo não apresente uma proposta de concurso para discutir na campanha salarial com os trabalhadores. Isso demonstra um descaso total com uma questão que tem que ser tratada com prioridade, para o bem da Cogerh’’, apontou Jadson Sarto, presidente do Sindiagua.
Jadson lembrou que o último concurso aconteceu em 2002. A empresa possui cerca de 570 trabalhadores terceirizados e pouco mais de 60 funcionários próprios. “É uma disparidade que precisa ser corrigida para o bem do serviço público. A falta de atenção em relação aos concursos públicos demonstra desrespeito com as normas constitucionais”, avaliou. A Cogerh garantiu que após um novo estudo das demandas e viabilidade financeira, apresentará a proposta de edital ao Sindiagua. Jadson defende que os novos concursos ofereçam critérios que respeitem quem já têm experiência no setor. Isso, segundo ele, seria um reconhecimento aos terceirizados que possuem muitos anos de dedicação à empresa.