Sindiagua discute novo PCCR com presidente da Cagece

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Desde o início das apresentações feitas pela Cagece aos trabalhadores(as) sobre o novo Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) elaborado pela Companhia, o Sindiagua se disponibilizou a receber todas demandas e questionamentos da categoria para levar à empresa. O e-mail da entidade foi divulgado para o recebimento das indagações e o Sindicato também se reuniu com grupos de trabalhadores(as) engenheiros(as) e técnicos(as), por solicitação de ambos. Ao final, todos os questionamentos da categoria foram compilados e apresentados à Cagece, no dia 27/04, por meio do ofício, solicitando uma reunião para tratar do assunto.
A solicitação foi atendida e a reunião aconteceu nesta segunda (02), com o presidente da Cagece, Neuri Freitas. Confira os principais pontos debatidos sobre o novo PCCR da Companhia:
Prazo para adesão: Logo no início da reunião foi solicitado um aumento no prazo para adesão ao novo PCCR, tendo em vista a necessidade de um maior tempo para sanar as dúvidas e buscar resolver os questionamentos existentes. O presidente da Cagece acatou a solicitação, estendendo por mais um mês. Com isso, o prazo se concluirá no dia 17/06, mantendo a retroatividade a janeiro de 2022, conforme Acordo Coletivo.
Percentual avaliação de desempenho: o novo PCCR elaborado pela Cagece prevê 80% e 85% como percentuais mínimos de avaliação de desempenho individual anual para garantir a progressão/promoção dos(as) trabalhadores(as). A direção do Sindiagua criticou o alto patamar dos percentuais e apresentou um levantamento feito nos PCCRs de outras empresas do País nos quais os percentuais praticados são em torno de 70% e 75%.  O presidente da Cagece se comprometeu a revisar os percentuais do novo Plano.
Titulação: o Sindiagua questionou regra no novo PCCR da Cagece que estabelece um prazo de validade de 14 anos para os títulos acadêmicos. Após esse período, o(a) cageciano(a) perderia o percentual conquistado com a titulação, caso não fizesse e concluísse uma nova formação acadêmica. A entidade informou que fez uma pesquisa e não constatou a existência dessa política em nenhum outro Plano. O presidente da entidade, Jadson Sarto, argumentou que a Cagece não tem o poder de decidir se um título acadêmico aprovado pelo Ministério da Educação perde ou não sua validade. O presidente da Companhia também garantiu que iria rever a regra.
Indicador financeiro: Foi questionada a falta de clareza do manual do PCCR 2022 sobre qual o indicador financeiro está atrelado às progressões/promoções. A Cagece informou que o indicador seria EBTIDA e que iria rever o manual para deixar mais claro.
Piso dos engenheiros: A direção do Sindiagua questionou o fato de o piso dos engenheiros não ter sido considerado na época de admissão dos(as) trabalhadores(as) no novo PCCR elaborado pela empresa. O presidente Jadson informou que essa é uma demanda antiga e alvo de muita insatisfação por parte dos(as) engenheiros(as), tendo sido apresentada por eles em reunião na sede do Sindicato. Foi questionada também a obrigação dos(as) engenheiros(as) abdicarem das ações judiciais para aderirem ao novo PCCR. A Cagece ficou de fazer uma análise, aprofundando o assunto internamente.
Tecnólogos e técnicos – O Sindiagua também relatou a insatisfação dos profissionais tecnólogos(as) e técnicos(as) que já vinham sendo injustiçados com o PCCR vigente. A entidade apresentou o entendimento dos(as) dois grupos de que o novo Plano da Cagece não resolve adequadamente as demandas destes profissionais, perpetuando as injustiças praticadas há bastante tempo. Foi informado que os trabalhadores(as) apresentaram pessoalmente em reunião na sede do Sindicato os questionamentos ao novo PCCR. A Cagece ficou de analisar o assunto.
Mudança de nível – Outro questionamento apresentado pelo Sindiagua foi o fato de que um grupo de cagecianos(as) de nível superior pode perder um ganho de 25% no salário caso seja feita a adesão ao novo PCCR. Isto porque este reajuste é um direito previsto nas regras do Plano vigente que seria efetivado este ano ao mudarem de nível. A direção do Sindiagua alertou que o novo PCCR não pode causar tamanho prejuízo ao trabalhador(a). A Companhia afirmou que iria avaliar a situação.

O Sindiagua informa que estes foram alguns dos pontos mais amplos debatidos na reunião com o Presidente da Cagece. Várias outras indagações foram apresentadas à Companhia que ficaram de ser analisadas. A entidade cobrou da empresa o diálogo mais estreito com a categoria para ter uma dimensão mais próxima das insatisfações com o novo PCCR e buscar aperfeiçoa-lo.
O Sindicato ressalta que esta foi apenas a primeira reunião que pretende ter com a Cagece sobre o novo Plano. “Foi um momento para tentar sanar dúvidas e apresentar os questionamentos dos(as) trabalhadores(as). Agora a Cagece deve levar a pauta à Publix e à Comissão do PCCR e, posteriormente, apresentar ao Sindiagua um posicionamento da presidência da Companhia acerca das demandas”, ressalta Jadson Sarto.

MUDANÇA DA SEDE ADMINISTRATIVA DA CAGECE

A reunião com o presidente da Cagece aconteceu na nova sede administrativa montada em um prédio comercial de alto padrão bairro Aldeota. O presidente do Sindiagua aproveitou o encontro para cobrar melhorias nas instalações da Companhia, a fim de também oferecer boas condições de trabalho aos empregados(as). Foi relatada a existência de muitas queixas sobre a situação deteriorada que se encontram alguns locais de trabalho, como PICI, EPC e unidades de negócio da capital e interior.
O presidente Neuri reconheceu a necessidade de providenciar melhorias e informou que algumas medidas já vêm sendo tomadas. Segundo ele, estão sendo tocados projetos, como a construção de uma nova sede na UNBSI e reformas na UNBAJ e UNBAC. A sede está passando por uma reforma no bloco A e uma academia está sendo construída ao lado do restaurante para os(as) trabalhadores(as). Há ainda um projeto sendo analisado para descentralizar o setor de almoxarifado do PICI, com sua transferência para um local no anel viário e a construção de dois almoxarifados regionais.

PPP
O Sindiagua cobrou mais uma vez detalhes sobre o projeto de PPP para o serviço de esgoto que está em andamento, alertando sobre os riscos do avanço da iniciativa privada no serviço de saneamento. Novamente o presidente Neuri garantiu que a Parceria Público Privada não acarretará em demissões de funcionários próprios.