1º Conselho: Plenária final confirma unidade interna e prepara a CTB para nova fase

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“CTB, a luta é pra valer – unidade pra vencer!”. Com essas palavras de ordem, os delegados presentes à plenária final do 1º Conselho Nacional da CTB demonstraram que a Central está pronta para iniciar uma nova fase em sua história, na qual sua consolidação e eficiência são alçadas, por decisão política, a um novo patamar.
Neste sábado (30), o último dia de trabalhos foi marcado por diversas votações. Antes do início desse processo, o vice-presidente Nivaldo Santana falou em nome da comissão de redação do texto-base do Conselho, grupo responsável por receber e analisar as propostas de emendas apresentadas um dia antes pelos delegados.
Nivaldo fez um breve resumo do conteúdo das emendas e anunciou que todas foram acatadas pela comissão. O dirigente citou também algumas moções apresentadas pelos delegados, conforme abaixo:
– repúdio às atitudes antidemocráticas em Tavares (PB);
– apoio à greve dos servidores das universidades federais;
– repúdio à demissão de centenas de vigilantes em Manaus;
– repúdio à demissão de Fernando Luis de França, bancário do HSBC no RN e dirigente da CTB;
– solidariedade à demissão de 5.600 trabalhadores da empresa R. Carvalho, em Feira de Santana (BA).
As emendas apresentadas e as propostas de moções foram colocadas em votação pela Mesa. Ambas foram aprovadas por unanimidade pelo Plenário.

Homenagens
Coube ao presidente Wagner Gomes reservar parte do último dia de trabalho para prestar homenagens a companheiros que foram assassinados pelo Brasil afora. “Temos que nos lembrar daqueles que tombaram lutando. Em certos momentos de dificuldade ficamos meio desanimados, mas a forma que temos de homenageá-los é seguir na luta. Essas pessoas perderam a vida por nossa causa”, destacou, para em seguida citar os nomes de Adelino Ramos, Paulo Colombiano e Catarina Galindo.

Finanças
O debate sobre as finanças levou o presidente Wagner Gomes a demonstrar preocupação sobre o tema. Ele criticou a inadimplência de muitos sindicatos, lembrou o risco da perda do repasse de 10% do imposto sindical e abordou a questão do valor que é recebido pelas CTBs estaduais.
Diante do atual cenário, a Mesa apresentou uma proposta ao Plenário: no final deste ano, na próxima reunião da Direção Plena, será debatida a ampliação do repasse de 3% para 5% dos sindicatos para a CTB. Nesse ínterim, cada estadual terá autonomia para buscar até 2% de repasse junto a cada sindicato.
A proposta foi aprovada por unanimidade, assim como o apoio à criação de uma campanha nacional em defesa da unicidade e em defesa da contribuição sindical compulsória.

Terceirizações
O momento de maior debate do dia teve como tema a questão das terceirizações. O Plenário decidiu, após a apresentação de diversos argumentos, a necessidade de retirar do texto-base do Conselho a proposta contra sua regulamentação. Decidiu-se pela organização de um seminário sobre o tema, com o intuito de aprofundar o conhecimento de todos os cetebistas sobre a matéria.

Rumo ao 3º Congresso
Ao final dos trabalhos, Wagner Gomes definiu como vitorioso o 1º Conselho Nacional, lembrou que o próximo grande encontro dos cetebistas ocorrerá em 2013 – durante o 3º Congresso da CTB – e destacou a grande tarefa de todos os delegados e delegadas para o próximo período. “Demos grandes passos aqui, em dois dias de grande discussão e unidade, de consenso progressivo. Até 2013 teremos uma nova etapa, com novos desafios e com a meta de termos 10% de filiados junto ao Ministério do Trabalho.

Sindiagua e CTB-CE presentes no Conselho
Jadson Sarto, presidente do Sindiagua, e Carlos Sá, secretário de comunicação da entidade, participaram do evento como delegados eleitos na plenária estadual da CTB, ocorrida mês passado. Jadson destacou o debate sobre as terceirizações como um dos pontos importantes do Conselho, lembrando que a prática está espalhada no Brasil e no Ceará não é diferente. Segundo ele, é fundamental que a Central tome uma definição política sobre o assunto a fim de barrar o avanço desta política “que é fruto de resquícios do modelo neoliberal que vingou no País por vários anos”.

Fonte: Portal CTB e assessoria de imprensa do Sindiagua