A direção do Sindiagua segue aguardando da Cagece o agendamento de uma nova rodada de negociação da campanha salarial 2022. A entidade já cobrou algumas vezes da Companhia uma data, no entanto, devido a muitas reivindicações da categoria terem relação com o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), a Cagece informou que precisa consultar o Conselho de Administração antes de voltar a se reunir com o Sindicato.
Segundo a empresa, somente após definição tomada junto ao Conselho de Administração será agendada a quarta rodada com a comissão de negociação criada pela Companhia.
A última cobrança feita pelo Sindiagua por mais celeridade nas negociações foi feita por meio ofício protocolado nesta terça (12). No ofício, além do agendamento da reunião, o Sindicato voltou a cobrar retorno da empresa para outras demandas discutidas ao longo da campanha salarial. Desde a última reunião de negociação, o Sindicato já cobrou pelo menos três vezes resposta para as seguintes demandas:
– material de pesquisa utilizado para embasar o novo modelo de PR apresentado, a apuração dos indicadores até o momento, as metas propostas para cada indicador;
– relação de empresas que pagam o piso dos engenheiros por meio do VPNI;
– questões relativas a proposta de PCCR a citar: piso dos engenheiros, enquadramento dos técnico, tecnólogos, redução de percentual de 80% e 85%, dentre outros listados em atas;
O Sindicato sabe que a campanha salarial deste ano está levando um tempo além do esperado e pede a compreensão da categoria e solidariedade aos companheiros(as) que estão com receio de aderir ao novo PCCR e serem prejudicados. “É uma campanha atípica, porque coincidiu com o novo PCCR que, infelizmente só foi aberto para debate pela Cagece há pouco tempo. Como o Plano mexe com a vida profissional de todos(as) é natural haver alguma necessidade de discussão maior”, ressalta Jadson Sarto, presidente do Sindiagua.
A entidade lembra que demandas do PCCR foram incluídas na pauta de reivindicações da campanha salarial em assembleia da categoria, como uma forma de garantir que fossem discutidas. Diante disso, o Sindicato tem que respeitar a decisão da assembleia e, nas negociações, lutar por melhorias no Acordo Coletivo, o que nesse momento inclui também lutar por melhorias no PCCR.
A direção do Sindiagua lembra que todos os impactos referentes à adesão e enquadramento no novo PCCR serão retroativos a janeiro. E as conquistas do Acordo Coletivo 2022/2023 serão retroativas a maio. O Sindicato seguirá mantendo a categoria informada sobre os próximos passos da campanha salarial.
Após várias discussões durante campanha salarial, Cagece atende reivindicação do Sindiagua e retira obrigatoriedade de desistência de ação judicial para adesão dos engenheiros ao novo PCCR
A Cagece acatou a reivindicação do Sindiagua e alterou no Manual do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR 2022) o texto que levava ao entendimento de que os(as) engenheiros(as) da empresa que tivessem ajuizado a cobrança do pagamento do piso da categoria teriam que abrir mão das ações judiciais para aderir ao novo Plano. A redação foi vista como uma forma de pressionar os(as) trabalhadores(as) a desistirem de lutar pelo seu direito.
A questão foi discutida durante as reuniões de negociação da campanha salarial e a Cagece concordou em rever o texto que ficou da seguinte forma: “Aqueles que possuam processo judicial em andamento e desejarem aderir ao PCCR, com recebimento de VPNI, poderão realizar a adesão sem desistir do processo judicial em curso”.
“Era uma questão que preocupava e incomodava os(as) engenheiros(as) e que agora foi sanada e esclarecida. Vamos seguir lutando por outros avanços no PCCR”, destaca Jadson Sarto, presidente do Sindiagua.
