Campanha salarial: Sindiagua vai levar negociação à presidência da Cagece

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Em relação ao reajuste salarial, a Cagece trouxe como proposta um aumento de 8,3% (igualando a promessa de campanha do governador do Estado). Para o vale-alimentação e o vale-lanche, os novos valores propostos pela empresa foram: R$ 25,20 e R$ 5,00, respectivamente  – não chegando sequer a cobrir a inflação da cesta-básica. O Sindiagua não aceitou o reajuste e, em resposta, reivindicou a criação da cláusula da cesta-básica, mas a contra-proposta foi negada pela empresa.

Durante a reunião, a diretoria do sindicato reivindicou o descongelamento do anuênio, lembrando que a classe dos bancários (incluindo a Caixa Econômica) possui o benefício e que a categoria também quer recuperar as perdas do passado. Mas a empresa negou.

Sobre o concurso público, novamente a Cagece não apresentou nenhuma proposta de cronograma, limitando-se a afirmar por e-mail que a diretoria da empresa ‘‘envidará todos os esforços para realização do concurso durante a atual gestão’’. O Sindiagua indaga: o que há de concreto em afirmar que vai se esforçar? A entidade se negou a aceitar o fechamento desta cláusula nestas condições. “Estamos esperando o concurso há muito tempo. É uma de nossas principais reivindicações. Não basta a empresa dizer que vai fazer sem ao menos estipular prazos, condições e dar garantias registradas no ACT. Isso demonstra desinteresse e a categoria não quer ser enganada, como já foi no passado”, afirma Jadson Sarto, coordenador geral do Sindiagua. Já sobre o auxílio-educação, a Cagece novamente se recusou a aumentar a idade dos filhos de funcionários beneficiados com a cláusula. O Sindiagua não aceitou a proposta de reajuste sem ampliação da cobertura do benefício.

Um dos poucos avanços da reunião ficou por conta do reembolso de material farmacêutico, uma cláusula nova reivindicada pela campanha salarial que foi aceita pela empresa.
Diante das dificuldades impostas pela empresa, a diretoria do Sindiagua enviou ofício à presidência da Cagece solicitando uma nova reunião de negociação com o presidente. “Foram cinco reuniões difíceis e sem grandes avanços. O acordo coletivo está em aberto e esperamos do presidente da companhia uma postura diferente do que vimos até então”, afirmou Jadson Sarto. O Sindiagua pede que os trabalhadores se mantenham mobilizados e atentos.

Participaram da reunião pelo Sindiagua: Jadson Sarto, Sergio Novais, Linaide Crispim, Antonio de Oliveira, Haroldo Ribeiro, Carlos Sá, Marcos Vinícius, Francisco de Assis e o advogado Carlos Águila.