Falta de saneamento faz de Fortaleza a 5ª capital em número de internações

17

O jornal Diário do Nordeste publicou, no dia 28/02, uma reportagem sobre estudo que comprova o descaso do Estado com o saneamento público. Segundo o texto, Fortaleza é hoje a 5ª capital com maior número de internações por doenças relacionadas a infecções intestinais, taxa de 166,4 para cada mil habitantes. Só neste ano, 2.731 casos foram notificados na cidade, média de 45 doentes por dia. Em 2012, conforme monitoramento da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Fortaleza, a Capital registrou 13.694 casos de diarreia, uma média de 37 casos por dia, estatística bem maior que os 9.168 em 2011. A falta de saneamento é apontada como uma das principais causas.
Divulgado pelo Instituto Trata Brasil, o estudo inédito “Esgotamento Sanitário Inadequado e Impactos na Saúde da População” revela a precariedade das moradias de milhares de fortalezenses, principalmente nas áreas mais pobres. O estudo contemplou os 100 maiores municípios brasileiros em população no período de três anos
Em Fortaleza, conforme o documento, 51,7% da população vivem sem coleta de esgoto e 12,9% sem contato algum com água potável. As internações, segundo o estudo, acabam sendo reflexo da precariedade do serviço oferecido.
Os números da reportagem revelam que o Governo do Estado não vem tratando o saneamento público com a prioridade que merece ter. A constante falta d’água na capital e o no interior comprovam a tese. “O governo do Estado vende a imagem de que está fazendo uma revolução na saúde em nosso Estado, mas infelizmente peca no básico”, critica Jadson Sarto, coordenador geral do Sindiagua.