O jornal Diário do Nordeste ouviu o coordenador geral do Sindiagua, Jadson Sarto, sobre a possibilidade de mais um ano de seca no Ceará. No texto da matéria, publicado no dia 23/01, Jadson afirma que mais um ano de estiagem pode levar vários municípios a uma situação de colapso no abastecimento de água para o consumo humano. “Se o cenário atual já é bastante grave, persistindo a falta de chuvas, muitas cidades correm o risco de viver uma situação muito mais dramática”.
O coordenador da entidade também critica morosidade do Governo do Estado e cobra ações mais efetivas: “já deveríamos, desde o primeiro ano de estiagem, ter dado início a uma campanha de contingência que orientasse a população a economizar água. Não há um programa de perfuração de poços consistente (o Governo do Estado possui somente sete máquinas perfuratrizes e somente no final do ano passado decidiu licitar novas perfurações de poços). As comunidades rurais e entidades que militam pelo direito à terra e à água não são ouvidas. Não vemos o Governo do Estado agir de forma mais enérgica para ajudar a viabilizar a transposição do Rio São Francisco. É preciso fazer muito mais do que está sendo feito”.
O Sindiagua volta a cobrar um planejamento para a área do saneamento e recursos hídricos. Já são quase oito anos de uma gestão que não priorizou esse setor essencial para a vida. O Governo do Estado demonstra que só tem planejamento para suas obras faraônicas. Mas quando se trata de garantir o acesso à água, só age quando a crise está instalada, e mesmo assim de forma lenta, ineficiente e com obras de ‘‘gambiarra’’ (como a adutora da Itapipoca). Isso prova que nem um plano consistente de contingênica para conter a crise (instalada há mais de 2 anos) foi elaborado.
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