Sindiagua participa do Congresso Nacional da CTB

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Representantes da direção do Sindiagua marcaram presença no 4º Congresso Nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) que aconteceu em Salvador, entre os dias 24 e 26 de agosto de 2017. O evento reuniu 1,2 mil sindicalistas do Brasil e do mundo e marcou os dez anos de vida da central, fundada em 12 de dezembro de 2007.
O tema “Democracia e luta em defesa do emprego e dos direitos” direcionou os três dias de congresso, que contou com a realização do seminário internacional “A crise econômica global e o mundo do trabalho”. A programação incluiu ainda painéis que debateram temas como as reformas trabalhistas e previdenciária.
Durante o congresso, os trabalhadores e trabalhadoras do Saneamento e Meio Ambiente de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Ceará (representados pelo Sindiagua) se reuniram para alinhar as ações e construir uma agenda de lutas da categoria.  A pauta do encontro foi o programa de privatização do Governo Federal (PPI) sobre o setor e as formas de luta e resistência da categoria.
A exemplo do congresso estadual, a direção do Sindicato apresentou uma moção de repúdio contra a política de privatização do Governo Temer que foi aprovada e será enviada à Presidência da República, ao Governo do Ceará, ao Ministério das Cidades e ao BNDES. Confira abaixo o texto da moção.
A nova direção nacional da CTB foi eleita durante o Congresso, tendo Adilson Araújo reeleito para a presidência da Central. O plano de lutas da CTB reforçou a necessidade de a classe trabalhadora caminhar unida, para promover o enfrentamento da agenda de retrocessos do Governo Temer.

Moção de repúdio e protesto contra a política de privatizações do setor de  saneamento patrocinada pelo Governo Temer
Os trabalhadores e trabalhadoras participantes do 4º Congresso Nacional da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) vêm a público repudiar veementemente a política de privatizações do Governo Temer que, através de financiamento do BNDES, visa entregar o setor de saneamento dos estados brasileiros à iniciativa privada por meio da venda de companhias estatais, concessões ou Parcerias Público-Privadas (PPPs).
Experiências nacionais e internacionais comprovam que entregar o serviço de saneamento à iniciativa privada traz enormes prejuízos aos trabalhadores e à sociedade. Nos últimos anos, mais de 260 cidades do mundo, entre elas Buenos Aires, Berlim e Paris, tomaram de volta o serviço de saneamento após as gestões privadas terem resultado em demissões em massa, aumentos exorbitantes de tarifa e queda na qualidade do serviço prestado. Os números comprovam que a reestatização é uma tendência mundial e o Brasil não pode ir na contramão, violando gravemente o direito humano à água e ao saneamento.
Assim, reivindicamos a imediata suspensão da política de privatizações bem como a retirada dos estados brasileiros do programa de financiamento do BNDES e do Governo Temer que visa entregar o serviço de saneamento (essencial à garantia da saúde pública) para grupos privados que colocam o lucro acima dos direitos da sociedade.
Deixar a água, um bem cada vez mais escasso, nas mãos de empresas privadas é fazer com que a lógica do capital se sobreponha ao interesse coletivo e público. Água é direito e não mercadoria!