Foram 10 anos de espera, mas finalmente os trabalhadores das casas de bombas conseguiram ter de volta o pagamento do adicional de periculosidade. No ano de 2000, a empresa havia retirado injustamente o benefício dos empregados. A medida autoritária aconteceu durante o governo neoliberal que sucateou e privatizou os órgãos públicos no Estado e no País. A partir daquele ano uma ação apresentada pelo Sindiagua na Justiça do Trabalho deu início a uma longa batalha judicial.
A Justiça deu ganho favorável aos trabalhadores e em 2011 o processo estava em fase de execução, quando veio a vitória da categoria. Através de um acordo, a Cagece pagou, em duas vezes (nos meses de junho e julho), o valor acumulado aos trabalhadores. Além disso, os empregados reconquistaram o benefício na folha salarial. Infelizmente, dos 15 trabalhadores das casas de bombas que foram fortemente prejudicados com a retirada do benefício, dois faleceram sem receber o pagamento devido, tendo seus familiares como beneficiados. “A volta do adicional de periculosidade é uma importante e histórica vitória da categoria e uma resposta aos desmandos dos governos neoliberais do passado. A assessoria jurídica do Sindiagua se empenhou neste caso e saímos vitoriosos. Serve de exemplo para que a Cagece busque sempre o diálogo com os trabalhadores para evitar ajuizamentos de ações. Foi o que aconteceu com relação às horas-extras. Atualmente o processo está em andamento, mas a Justiça já julgou inconstitucional a forma como a Cagece vem calculando o benefício”, destacou Jadson Sarto. Segundo ele o mesmo pode acontecer novamente em relação ao DSR, caso a empresa não apresente logo uma solução. ‘‘São situações que poderiam ser resolvidas pelo diálogo, evitando, assim, rombos maiores para a empresa’’, finaliza Jadson.
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